Compositor: Aníbal Sampayo
Quando a bagunça começou na casa do manco
Seu sobrenome é Sosa, era gente de prestígio
Eles me deram o recado
Uma mulher meio vesga
De nome esquisito
E o manco dançou meio trotando
Vestido com smoking e alpargata com pelinhos
Por volta das duas da madrugada
No meio da maior bagunça, chegou o policial
E pegou o manco pelo smoking
Agarrando o cangote dele, disse: Vem aqui
Cadê a autorização pra dançar?
Eu já falei que não te dei
Você tá se divertindo, veio brincar
Vem cá, não fuja
Olha aí, sargento, cadê o regulamento
Mostra pra ele
O sargento, que era meio desajeitado
Com um infeliz golpe de facão, cortou o cangote dele
E só o jogaram de lado
E ele ficou bem machucado, pronto para ser velado
Depois, a mulher saiu de chinelo
Fazendo a vaquinha para conseguir enterrá-lo
E, depois, deu um baita grito, toda feliz
Vai trazer a cachaça, que vamos festejar!
Assim partiu o fiel manco
E sua mulher, que o amava com ardor
Fugiu com Macedo, o trovador, no dia seguinte
E foi assim que aconteceu naquela noite cruel
E eu, por querer dançar a cumbia
Acabei levando uma surra e o baile terminou, veja só
E eu, por querer dançar a cumbia
Acabei levando uma surra e o baile terminou bem mal